Solução Corretiva Baseada no Risco

2.2.4 Módulo Risco

O módulo Risco (Figura 2.101) é destino ao cálculo e geração de mapas de risco à saúde humana, e às Concentrações Máximas Aceitáveis (CMA). Neste módulo são fornecidas ao SCBR, através do objeto Uso do Solo, as informações referentes à norma adotada, aos receptores, contaminantes nos meios e às vias de ingresso. Como resultado, o SCBR calcula e gera mapas de riscos carcinogênico e não carcinogênico, e mapas de CMA Crítica e de relação Concentração / CMA Crítica, visualizados no módulo Resultados.

Figura 2.101. Módulo Risco.

As opções do menu de navegação são Configuração do Risco, Configuração CMA e Unidades de Exposição. O módulo Risco possui uma barra de ferramentas com as opções Criar Unidades de Exposição, Assistente da Base de Dados do Risco, Cálculo do Risco e Cálculo da CMA, como mostrado na Figura 2.102.

 

Figura 2.102 Itens da Barra de Elementos no Módulo Risco.

 

 

Configuração do Risco: esta opção permite escolher a metodologia utilizada para o cálculo do risco, os meios contaminados (solo superficial, subsuperficial e/ou água subterrânea) e as substâncias químicas presentes nestes meios (Figura 2.103).

Figura 2.103 Opção Configuração do Risco.

Para o cálculo do risco (carcinogênico e não carcinogênico) no solo superficial e subsuperficial, o SCBR utiliza somente valores medidos de concentração das substâncias químicas de interesse (SQI) presentes nestes meios (Figura 2.104).

Figura 2.104 Substâncias Químicas de Interesse no Solo Superficial e no Solo Subsuperficial.

 

Figura 2.105 Substâncias Químicas de Interesse na Água Subterrânea.

Na água subterrânea pode ser utilizada tanto as concentrações medidas quanto as simuladas (Figura 2.105). Quando utilizados valores provenientes da simulação, o SCBR (versão 3.25) irá utilizar a concentração, para cada volume de controle da malha do domínio de simulação, de acordo com o método selecionado pelo usuário: Máxima, UCL 95, UCL 99 ou Variável. (para maiores detalhes, consultar o Manual de Referências Técnicas).

 Para o SCBR calcular o risco é necessário que a opção “Calcular Risco? ” esteja habilitada.

Configuração CMA: esta opção permite escolher a metodologia para o cálculo das concentrações máximas aceitáveis (CMA), os valores de risco alvo carcinogênico e não carcinogênico, os meios impactados (solo superficial, subsuperficial e água subterrânea) e as substâncias químicas de interesse presentes nestes meios, as quais se deseja obter as metas de remediação (Figura 2.106).

Figura 2.106 Opção Configuração da CMA.

Figura 2.107 Opção Unidades de Exposição.

Unidades de Exposição: nesta opção serão definidos: o Nome, o tipo de Unidade de Exposição, os Receptores presentes, as Rotas de Ingresso em cada Meio Contaminado, as Medições (concentrações medidas) e as Variáveis Gerais para o cenário associado à intrusão de vapores e partículas.

Figura 2.108 Inserção da Unidade de Exposição.

A delimitação de uma Unidade de Exposição é realizada através do botão Criar Unidade de Exposição  , e definindo-se a área geográfica na qual o receptor escolhido entra em contato com o meio contaminado durante todo o período de exposição, ou no caso de várias Unidades de Exposição, pode ser utilizado o botão Criar Unidades de Exposição (Figura 2.107). Nesta segunda opção, o usuário deve inserir o nome das áreas e suas coordenadas centrais (X e Y) (Figura 2.108), e o modelo definirá a distribuição espacial das Unidades de Exposição pelo método de polígonos de Thiessen (Diagrama de Voronoi).

Figura 2.109 Inserção das concentrações dos contaminantes.

A inserção das concentrações medidas dos contaminantes pode ser feita de duas maneiras: i) acessando cada Unidade de Exposição e digitando o valor da concentração da SQI ou, ii) pelo botão Editar Concentração para Unidade de Exposição, para preenchimento na tabela com identificação dos nomes, meios e compostos químicos configurados em etapas anteriores (Figura 2.109).

 

 

O botão “Importar dados (Não-Saturado)” permite o usuário transferir ao campo Variáveis Gerais (módulo Risco) as informações pré definidas de uma fonte configurada na zona não saturada (módulo Ambiente), e utilizá-las para os cenários associados à inalação de vapores e partículas (Figura 2.110).

Figura 2.110 Botão Importar dados (Não-Saturado)

 

Figura 2.111 Botão Assistente da Base de Dados do Risco.

Assistente da Base de Dados do Risco: o SCBR permite a edição das fórmulas de cálculo de risco através do botão Assistente da Base de Dados do Risco ( ) (Figura 2.111).

 

Editor de Metodologia: a primeira janela do editor permite criar ( ), alterar nome ( ) ou excluir (  ) uma metodologia de avaliação de risco à saúde humana (Figura 2.112). O botão Próximo leva o usuário à próxima janela, onde será editada a norma selecionada.

Figura 2.112 Editor de Metodologia.

ü  Editor de Variável Geral: nesta janela estão disponíveis para edição as variáveis gerais utilizadas na metodologia selecionada na janela anterior.


Figura 2.113 Editor de Variável de Risco.

ü  Editor de Fórmula Auxiliar: na janela estão disponíveis para edição as fórmulas auxiliares utilizadas na metodologia escolhida na janela inicial.


Figura 2.114 Editor de Fórmula Auxiliar

 


Figura 2.115 Aba Configuração do Editor de Rotas de Ingresso.

ü  Editor de Rotas de Ingresso: nesta janela são definidas ou editadas as rotas de ingresso (Figura 2.115). Na parte superior pode-se criar, alterar o nome ou excluir uma rota de ingresso. Na parte inferior, aba Configurações, é configurada a rota que foi selecionada na parte superior, como: parâmetros toxicológicos (SF – fator de carcinogenicidade e RfD – dose de referência) necessários, meio contaminado, área de interesse (fonte de contaminação ou unidade de exposição), fator de exposição (FE) e tipo de composto (orgânico e/ou metálico) associados à rota escolhida.

 

As variáveis cadastradas (Editor de Variável Geral, Editor de Rotas de Ingresso e Substâncias Químicas – Banco de Dados) e que podem ser utilizadas nas fórmulas do fator de exposição (FE) e taxa de dose potencial variável (TDPot,t) estão disponíveis na aba Variáveis Disponíveis.

Figura 2.116 Aba Variáveis Disponíveis do Editor de Rotas de Ingresso.

 


Figura 2.117 Editor da Unidade de Exposição.

ü  Editor de Unidade de Exposição: são definidos e configurados os tipos de usos do solo. Na parte superior (Unidades de Exposição), pode-se alterar o nome, criar ou excluir um tipo de uso do solo. Na parte intermediária (Configurações do Uso do Solo), definir a cor representativa no domínio de simulação, e as rotas de ingresso relacionadas à unidade de exposição selecionada na parte superior. Na parte inferior (Variáveis Gerais por Unidade de Exposição) são listadas as variáveis gerais, e seus valores, utilizadas em cada rota de ingresso (Figura 2.117).

Figura 2.118 Inserção e edição de receptores.

ü  Criar Receptor: esta janela permite editar os receptores em cada unidade de exposição (tipo de uso de solo) da metodologia selecionada (Figura 2.118).

 

 

 

 

ü  Editor de Caracterização do Receptor: são definidos e configurados os receptores. Na parte superior (Receptores), permite selecionar o tipo de receptor. Na parte intermediária (Configuração do Receptor), as rotas de ingresso por tipo de receptor. E na parte inferior (Valores das Variáveis), os valores dos parâmetros de exposição utilizados nos fatores de exposição (FE) e taxas de dose potencial variável (TDPot,t) para cada rota de ingresso, em função do uso de solo e do receptor. Se desejar, o usuário ainda poderá visualizar um resumo detalhado de determinada rota de ingresso no botão Detalhes da Fórmula (Figura 2.119).

 

Figura 2.119 Editor de Caracterização do Receptor.

Ao clicar em Terminar, o SCBR fechará o Assistente e retornará ao Módulo Risco.

Figura 2.120 Calcular Risco.

O risco é calculado por meio do botão Calcular Risco (  ). Será exibida uma janela (Figura 2.120) para confirmar e/ou editar as configurações do risco, como: meios considerados, substâncias químicas em cada meio, fonte de contaminação configurada na zona não saturada (para cenários associados à inalação de vapores e partículas), e parâmetros físicos (Características Gerais) das unidades de exposição. Os resultados são mostrados no módulo Resultados.

Figura 2.121 Cálculo da CMA.

O cálculo da CMA é realizado pelo botão Cálculo de CMA(  ). Uma janela específica para confirmar/editar as configurações da CMA é exibida na tela (Figura 2.121), semelhante às configurações para o cálculo do risco. Os resultados do cálculo da CMA são mostrados no módulo Resultados.