3.5.1.  Caracterização da Fonte de Contaminação na Zona Não Saturada

Para as fontes de contaminação na zona não saturada do solo, o SCBR é capaz de simular os seguintes fenômenos: Volatilização de vapores e Lixiviação das substâncias químicas de interesse do percolado. Desta forma, para a simulação da fonte de contaminação na zona não saturada é necessário informar: o produto derramado, as características da contaminação, as concentrações da contaminação, característica hidrogeológica do solo e dos processos de biodegradação.

Neste exemplo será considerado o derramamento de Óleo Diesel, com as características apresentadas na Figura 3.31.

Figura 3.30. Fonte na zona não saturada no módulo Ambiente.

Figura 3.31. Caracterização da contaminação na zona não saturada no módulo Ambiente.

Concentração das substâncias químicas de interesse: Após a caracterização geral da fonte de contaminação na zona não saturada, é necessário informar as concentrações das substâncias químicas e dos produtos encontradas nas investigações da área de estudo (Figura 3.32). Neste exemplo foi considerado como substância química de interesse, o Benzeno.

Figura 3.32. Concentrações das substâncias químicas de interesse e do produto, na zona não saturado, determinado nas investigações.

Caracterização hidrogeológicas solo: Para que possa ser simulado a fonte de contaminação na zona não saturada é necessário definir as características hidrogeológicas da região da contaminação, como apresentado na Figura 3.33.

Figura 3.33. Caracterização hidrogeológica da região contaminada.

Caracterização da biodegradação no solo: Caso haja informações sobre as taxas de degradação das substâncias químicas na zona não saturada, é possível adicionar na aba Biodegradação (Figura 3.34). Para este exemplo não há informação sobre as taxas de biodegradação, por isso os valores são zeros.

Figura 3.34. Informações sobre os coeficientes de degradação das substâncias químicas de interesse na zona não saturada.

Caracterização das propriedades físicas do ar: É utilizada para determinar as taxas de volatilização das substâncias químicas para o ar, podendo-se considerar ou não a presença de lente no solo; caso a caixa “Usar lentas na simulação do ar?” não seja selecionada, basta apenas informar a velocidade do vento (1 m/s) e a altura da caixa (2 metros) (Figura 3.35).

Figura 3.35. Caracterização das propriedades físicas do ar.

Cabe destacar que a simulação do transporte a partir da zona não saturada permite o acoplamento com a zona saturada, ou seja, caso a lixiviação da substância química de interesse alcance o nível da água, o SCBR continua a simulação da migração da substância química, em fase dissolvida, na água subterrânea. No entanto, para isso é necessário que seja considerado um valor mínimo na recarga, para que ele não influencie na simulação, neste caso, consideraremos 0,01 mm/ano (Figura 3.36).

Figura 3.36. Recarga para o acoplamento do transporte da zona não saturada e na zona saturada.